Viemos de um mundo distante.
Andarilhos de terra em terra.
Fincamos no chão.
Da terra tiramos o alimento, o pão
Partimos.
Deparamos-nos com vários mundos.
A mãe natureza em outras bandas.
Quantos SOMOS?
Tupis, Guaranis, Pataxós, Comanches e Apaches... Não sei.
Mas o que importa? A mãe natureza na sua imensidão acolheu a todos.
Não faltou o amparo, o amor de mãe.
Somos filhos da terra.
Nela crescemos, vivemos e morremos.
Aos mais novos ensinamos.
Aos mais velhos respeitamos,
Aos animais convivemos.
Todos são bem vindos.
Mas, espíritos maus, gananciosos nos rondam, se aproximam,
Contaminaram nossa gente pela cobiça da riqueza da terra, o ouro e os diamantes.
A vida do nosso povo perdeu seu valor.
Na luta de interesse em nome de um progresso e do lucro, os homens lutam corpo a corpo.
Só com nosso arco e flecha, não podemos com arma de fogo.
A luta é desigual.
Milhares de nossos irmãos encontraram e ainda encontram o caminho da sepultura.
Voltam à profundeza da terra.
Fomos ceifados na mais profunda crueldade, em todos continentes.
Após a luta, poucos resistiram e foram marcados pelas algemas da gânancia.
As novas gerações de nosso povo sobrevivem pela aculturação forçada.
Aprendemos novos meios de comunicação, nos integramos, acordamos.
Tiraram parcialmente nossa cultura, pois vivemos sob o julgo do mais forte.
Forçada aprendemos a lição do inimigo, e dessa aprendizagem, enfrentamos, cobramos a todos que nos devolvam o que nos foi tirado.
Queremos viver em Paz, do nosso jeito, só queremos o que é nosso.´
É nossa por direito, a Terra.
Defenderemos-nos com as leis e armas do invasor.
Gritaremos, lutaremos, até onde o Espírito Grande nos permitir.
Uma luta incesssante em busca do direito de existir, para defender nosso Povo, nossa gente, porque SOMOS ÍNDIOS, DONOS DA TERRA.
Prof Ieda
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